sábado, 4 de junho de 2011

Consciência do dever




No âmago da consciência encontra-se o maior juiz de nossos atos e pensamentos: o dever moral.

Quando frente aos diversos compromissos assumidos surgem os vacilos da vontade, lá está a certeza do dever a nos alertar a respeito de nossas obrigações.

O dever moral estrutura-se nos conhecimentos que adquirimos acerca do bem e executa-se nas tentativas de que nossas escolhas e atos sejam coerentes com nossas idéias, sentimentos e prioridades.

O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros[1].

Não haverão expectadores, tampouco acusadores, quando nossas atitudes se mostrarem incompatíveis com nossas certezas íntimas. Unicamente sentiremos o alerta e as repreensões da nossa própria consciência, que algumas vezes resultam na culpa que nos constitui fardo.

O exercício do auto-conhecimento nos faz ter cada vez mais clareza daquilo que realmente somos e queremos, e o revigoramento através da prece nos mantém vigilantes para cumprirmos com as exigências da voz íntima que nos incita ao bem.

Orai e vigiai, aconselhou o Mestre.

Dediquemos-nos mais a análise de nossas aspirações, com profundo respeito a nossos sentimentos e compreensão de nossas dificuldades. O exercício constante do auto-amor nos leva ao progressivo amor e respeito ao outro.

Pela observância de nossos deveres íntimos evitamos hoje colher amanhã os frutos do erro e do arrependimento.

Carina Streda - Psicopedagoga e escritora residente em Santo Ângelo



[1] Kardec, Allan. Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. XVII it.7.