terça-feira, 26 de maio de 2009

DOUTRINA ESPÍRITA - Poesia

Na Doutrina encontras abrigo,

Solo fértil de amor e de luz

São mensagens excelsas, divinas,

São Verdades de Cristo Jesus.



São árduos caminhos traçados,

São lições, que devemos aprender

No mistério sagrado da vida

Só com Jesus nós iremos vencer!


Tânia Mara Oliveira de Castro - São Gabriel/RS - tmaracastro@bol.com.br

terça-feira, 19 de maio de 2009

Vencendo o medo da Morte



Carina Streda - carinastreda@terra.com.br - Sto Ângelo/RS

O Medo é um sentimento natural e necessário para que sejamos prudentes frente a perigos que possam prejudicar nossa vida. Como menciona Joanna de Angelis em várias de suas obras, o medo da morte resulta do instinto de conservação que trabalha a favor da manutenção da existência.



O medo, no entanto, é normal quando é moderado. Quando excessivo, torna-se patológico, passa a prejudicar a nossa vida fazendo com que vivamos mais com medo do que com tranqüilidade.
Joanna de Ângelis aponta que existem pessoas que tem tanto medo do instante da morte, que se matam para não esperá-la. Ou às vezes o medo da morte é de tal grau que a pessoa passa a temer o envelhecimento, recorrendo a todas as formas de tratamentos para manter uma aparência jovem, tentando mostrar aos outros e a ela mesma algo que ela não é.



Por mais que o medo seja natural, o medo que temos das coisas não nasce conosco. O medo nós aprendemos através das experiências que nos trazem alguma conseqüência ruim ou do juízo que fazemos daquilo que nos é desconhecido.



Sendo que aprendemos o medo, podemos desaprendê-lo. Desaprendemos incorporando novas idéias, nos esclarecendo a cerca do objeto do nosso medo.



Manoel Philomeno de Miranda, pelo médium Divaldo Franco assegura: a desinformação e as concepções erradas sobre a vida futura são responsáveis pelo temor da morte.
E geralmente o que gera esse medo descontrolado da morte é:


1º: Ninguém pode ter controle em relação a morte. Ela é certa para todos.
Segundo a doutrina espírita a única coisa que é fatal na vida é o instante da morte. Todos os outros fatos da nossa vida nós podemos modificar de acordo com nossas atitudes, mas a morte nos é inevitável.


2º: A falsa visão e informação que temos da morte.
Somos acostumados a acreditar que existe um Céu e um inferno e torna-se apavorante a idéia de que respondemos pelos atos da vida através da condenação ou do descanso eterno.


3º: O Materialismo.
Quanto mais nos prendemos aos bens materiais, mais tememos a morte, pois sabemos que não poderemos levar riquezas para o túmulo.


O Espiritismo ilumina os caminhos e nos faz ver com mais clareza e de forma racional, tanto a vida, quanto a morte. Vem nos mostrar que a Terra é uma escola e que, por isso, devemos aproveitar as oportunidades que surgem. Mas o principal vem nos lembrar que a vida na verdade não é essa e sim a vida espiritual.


Trata a morte com a atenção necessária já que é um fenômeno natural na vida humana, ao qual todos estão destinado. Responde aos nossos questionamentos através da Codificação, e nos vem provar a sobrevivência do espírito através dos relatos de entes queridos que retornam para nos alertar quanto a vida pós-túmulo.


E dentre esses relatos predominam aqueles que nos alertam que, após o desencarne, nos encontramos com nossa própria consciência, recapitulando todos os nossos atos, corretos ou não, e suas conseqüências. Aquele que viveu de forma desonesta, conturbada, não terá, com certeza, a mesma tranqüilidade daquele que procurou viver retamente.


Por isso se trabalharmos por termos sempre a consciência tranqüila, não teremos medo da morte, nem do que nos espera. Sabendo que tudo o que nos acontece é conseqüência de nossos atos, obtemos a tranqüilidade de que, agindo retamente teremos bons resultados no futuro.


Mesmo esclarecidos, e com a certeza da vida futura, teremos apreensão quanto ao momento de transição. Mas os esclarecimentos da doutrina espírita nos fazem ter uma confiança maior em Deus, em suas leis, e em sua Justiça, sabendo e aceitando que nada nos acontece que não merecemos e que não será útil para nossa evolução.


Passamos então a ver a morte, não mais com a possibilidade de um fim, e sim a certeza de um recomeço. Por meio do nosso desprendimento material, através da pratica da caridade e adotando Jesus e sua mensagem por modelo e guia, não temos o que temer do futuro nem da morte.


Leia o artigo de Kardec "Apreensão da morte" em http://www.webloguespirita.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Na rota dos imperadores

Clique no título desse postagem acima e visite o Blog de Estudos Espíritas (http://www.webloguespirita.blogspot.com/) e veja o curta, produzido pela RBS, sobre essa manifestação física e as considerações de Kardec sobre esse tipo de fenômeno.

Bons Estudos!

Equipe Estudando Kardec.

domingo, 10 de maio de 2009

NÃO CRUZE OS BRAÇOS

Ivan de Albuquerque

Evita cruzar os braços
Perante os problemas do mundo, e procura adotar posição
De quem se aplica a discernir
E que conduz amor no coração,
De quem encara a humanidade com sentimento bom,
E que tem fé no futuro.

Confiante na ação do Criador, segundo a segundo
Não te portes como alguém descrente
Nas possibilidades que tem tanta gente,
Pelas vias do mundo,
De crescer, de alterar críticas rotas, de evoluir,
De alcançar o progresso anelado e de sorrir.

Abre, por tua vez, teus braços
E estende, dedicado, as próprias mãos,
Acelera teus passos
Perante a honrosa chance de cooperar,
De nas estradas da caridade poder atuar.

Não te omitas na hora do bem, jamais.
Sê defensor da dignidade,
Respeitando todo o semelhante seja quem for.
Trabalhando na verdade,
Nos terrenos do campo do Criador.

Baila, canta e participa da alegria
Que pulsa aqui e ali, deixando-te mais leve.
Não te esqueças, porém, que logo adiante,
Deverá distender o teu carinho
A tantos que tropeçam no caminho,
Ainda que seja um só momento breve.

Há quem siga pela Terra sem rumo,
Sem qualquer tipo de apoio.
Aprende a ouvir a quem te busca, sem enfado,
É teu irmão esse que tens ao lado,
Carecente de uma palavra que lhe devolva o prumo.

Com os conhecimentos que amealhaste,
Coopera com quem ainda é obtuso,
Com aquele que não entende;
A tua boa vontade é o lume que acende
Apontando caminhos, impedindo abuso.

Abre a mente daquele que anda em trevas.
Sem violência, presunção ou esnobismo,
Conversa, alfabetiza, doa a cartilha.
O bem que fazes é a escala em que te elevas,
Na luz que acendes é que tua própria alma brilha.

Sê mais tolerante pela vida,
Sem confundir com lamentável conivência
Em cuja pauta tanta gente se inscreve.
Exercita-te na indulgência,
Sê mais atencioso com as pessoas.
Não te acostumes com essa indiferença,
Pois em Cristo é que repousas a tua crença,
E é Dele que recebes acolhida.

Aprende a valorizar as pessoas mais simples.
Usa “parabéns”, “como foi bom”,
“Obrigado”, “por favor”,
E da paz serás nobre embaixador
Quando saibas distribuir, em vários tons,
As flores perfumadas do fraterno amor.

Nunca invejes no mundo quem é rico,
Ou quem detém nas mão grande poder.
Não te cause despeito aquele que te suplanta
Em alguma habilidade que não tens.
Desconheces as estradas de espinhos, de perigos
E de bajulações por onde seguem.
Caso soubesses, valorizarias teus viténs,
Verias que nem sempre onde a sereia canta
É o lugar ideal para que possas crescer.

Não cruzes os teus braços.
Participa dos movimentos sociais
Em que a tua lucidez cristã e a tua voz,
A tua experiência e o teu bom sentimento
Possam vir em socorro geral.
Se na política, seriedade;
Na administração, usa o bom senso, usa o discernimento,
Para que a sociedade não padeça mais.

Procura viver no mundo
Ocupado em ajudar, no nível em que te encontres,
Com os elementos que disponhas.
Cuida-te para não absorver as tintas do materialismo,
Nem os venenos do torpe egoísmo,
Que faz do que é de todos patrimônios de alguns.

Cristo conta contigo, não te esqueças.
Podes fomentar a paz que anula a guerra
Se te tornas um agente das transformações.
Não brigues com ninguém, a ninguém desacates,
Semeia sorriso e graça em todos os corações,
E encoraja-te para mostrar, nas circunstâncias avessas,
O que de fato é mal, o que de fato emperra
O progresso do mundo.
Cristo espera que te esmeres, cada vez mais consciente,
Sal da Terra, feliz jóia nas mãos de Deus:
Ouro puro a brilhar, vinte e quatro quilates.

TEIXEIRA, J. Raul. Caminhos para o amor e a paz. [pelo Espírito Ivan de Albuquerque] Niterói-RJ: Fráter Livros Espíritas, 2006.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

PALAVRAS ÀS MÃES



PALAVRAS ÀS MÃES

Emmanuel

Se o Senhor te concedeu filhos ao coração de mulher, por mais difícil se te faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania das adversidades.
***
É possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele próprio aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais um dia se desvencilhará.
Não lhe condenes, porém a atitude. Abençoa-o e, quando possível, ampara os filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.
Quem poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas que assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico, induzindo-a a transitório esquecimento dos encargos que abraçou? Quem conseguirá, na Terra, medir a resistência espiritual da pessoa empenhada ao resgate complexo de compromissos múltiplos a lhe remanescerem das existências passadas?
***
Se foste sentenciada à indiferença e, em muitas ocasiões, até mesmo à estremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem proteção e carinho, permanece com eles e, o trabalho por escudo de segurança e tranqüilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos os recursos indispensáveis à precisa sustentação.
***
Natural preserves a própria independência e que não transformes a maternidade em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar os entes amados, através de apego doentio. Mas enquanto os filhos ainda crianças te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria formação da qual consigam partir em demanda ao mar alto da experiência, dispensando-te a cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda mesmo a preço de sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança necessária, para as tarefas a que se destinam.
***
Teus filhos pequeninos!... Recorda que as Leis da Vida aguardam do homem a execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti; entretanto, se és mãe, não olvides que a Providência Divina, com relação ao homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que os filhos pequeninos te fossem confiados nove meses antes.

INSTINTO E VIRTUDE

Irmão Saulo

Seria o amor materno uma virtude ou apenas um instinto que tanto se manifesta na Humanidade quanto nos animais? Kardec propôs essa questão aos Espíritos Superiores e podemos encontrá-la, com a resposta dada, na pergunta 890 de O Livro dos Espíritos. Na reunião a que se refere Chico Xavier, aberto o livro ao acaso, foi essa a questão que caiu para os estudos.
Os Espíritos respondem que o amor materno é instinto nos animais e também na criatura humana, mas nos animais é limitado às necessidades de conservação e desenvolvimento da prole, desaparecendo em seguida. E acrescentam: "Na criatura humana persiste por toda a vida e comporta um devotamento e uma abnegação que constituem virtudes, pois sobrevivem à própria morte, acompanhando o filho além da tumba. Vede que há nele alguma coisa mais do que no animal".
Nas sessões mediúnicas, quando nos defrontamos com espíritos endurecidos, vemos quase sempre que eles são socorridos pelas mães que se desvelam no mundo espiritual a ampará-los e desviá-los do erro. É o amor materno acompanhando-os além da tumba. São fatos assim que nos dão a segurança da verdade espírita, pois de Kardec até hoje os princípios doutrinários são confirmados em todas as experiências sérias e bem dirigidas.
Na mensagem de Emmanuel temos também o problema do amor fraterno, que é essencial para a evolução humana. Esse amor, que abrange a todas as criaturas, depende da nossa capacidade de superação do egoísmo, de nos elevarmos acima de nós mesmos para podermos perdoar e aceitar os outros. É o caso da esposa abandonada pelo marido que a deixa em dificuldades para criar e educar os filhos. Emmanuel lembra a carga de forças negativas procedentes de existências anteriores e a fragilidade da criatura humana para vencê-las em certas circunstâncias. Daí aconselhar à mulher que não condene o trânsfuga, para não aumentar essa carga, auxiliando-o a vencê-la com os seus bons pensamentos e sentimentos de amor.
A mãe está biológica e espiritualmente mais ligada aos filhos do que o pai. Nela, portanto, o instinto natural e a virtude moral se conjugam de maneira mais profunda. Grande é a responsabilidade paterna pelos filhos, mas a responsabilidade materna é ainda maior.

Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos

terça-feira, 5 de maio de 2009

UTILIDADE DE CERTAS EVOCAÇÕES PARTICULARES - Allan Kardec


As comunicações que se obtém de Espíritos muitos elevados ou dos que animaram grandes personagens da Antiguidade são preciosas pelo alto ensino que contêm. Esses Espíritos adquiri­ram um grau de perfeição que lhes permite abarcar uma esfera de idéias mais extensa, penetrar mistérios que ultrapassam o alcance vulgar da Humanidade e, por conseguinte, melhor que outros, nos iniciar em certas coisas. Não se segue daí que as comunicações de Espíritos de ordens menos elevadas sejam sem utilidade. Longe disto: o observador colhe nelas diversos ensi­nos. Para conhecer os costumes de um povo é preciso estudá-lo em todos os graus da escala. Quem só o tivesse visto por uma face, conhecê-lo-ia mal. A história de um povo não é a histó­ria dos reis e das sumidades sociais: para o julgar é preciso vê-lo em sua vida intima, nos seus hábitos particulares. Ora, os Espíritos superiores são as sumidades do mundo espírita; sua própria elevação os coloca de tal modo acima de nós que ficamos espantados pela distância que nos separa. Espíritos mais bur­gueses — permitam-nos a expressão — tornam mais palpáveis as condições de sua nova existência. Neles, a ligação entre a vida corporal e a vida espírita é mais intima; nós a compreen­demos melhor, pois nos toca mais de perto. Aprendendo com eles mesmos no que se tornaram, o que pensam, o que experimentam as pessoas de todas as condições e de todos os caracteres, tanto os homens de bem como os viciosos, tanto os grandes quanto os pequenos, os felizes como os infelizes do século, numa palavra, os homens que viveram entre nós, que vimos e conhecemos, cuja vida real nos. é conhecida, como suas virtudes e seus caprichos, compreendemos suas alegrias e seus sofrimentos; a eles nos asso­ciamos e colhemos um ensino moral tanto mais proveitoso quanto mais intimas as relações entre eles e nós. Pomo-nos mais facil­mente no lugar daquele que foi igual a nós, do que no daqueles que vemos apenas através da miragem de uma glória celeste. Os Espíritos vulgares mostram-nos a aplicação prática das grandes e sublimes verdades, cuja teoria nos ensinam os Espíritos supe­riores. Aliás, no estudo de uma Ciência nada há de inútil: Newton encontrou a lei das forças do Universo num fenômeno simplíssimo.

Tais comunicações têm outra vantagem: a de constatar a identidade dos Espíritos de modo mais preciso. Quando um Espírito nos diz que foi Sócrates ou Platão, somos obrigados a crer sob palavra porque ele não traz carteira de identidade; podemos ver em suas palavras se desmente ou não a origem que ele se atribui: julgamo-lo Espírito elevado — eis tudo. Se realmente foi Sócrates ou Platão, pouco importa. Mas quando o Espírito de nossos parentes, de nossos amigos ou daqueles que conhecemos se nos manifesta, ocorrem mil e uma circunstâncias de detalhes íntimos, nos quais a identidade não poderia ser posta em dúvida: adquirindo, de certo modo, a prova material. Pen­samos, pois, que nos agradecerão se fizermos, de vez em quando, algumas dessas evocações intimas: é o romance dos costumes da vida espírita sem a ficção.
(Revista Espírita, março de 1858)