És
o que cultivas no mundo íntimo através dos teus pensamentos. - Joanna de
Ângelis[1]
Somos o que pensamos.
O que pensamos reverbera no ser espiritual que somos, em conformidade com as
emoções correspondentes, e se estende ao corpo somático através do perispírito.
Desse
modo, como força criativa e mobilizadora de fluidos, o pensamento erige a
psicosfera particular em consonância ao nosso estado de elevação ou de
instabilidade moral nutrida na vida interior e materializada em nosso
cotidiano.
A
psicosfera de cada indivíduo revela o que ele traz no alforje do coração como
reflexo das vivências encetadas nesta e noutras vidas, que se manifestam como
condicionamentos refletidos nos hábitos e pensamentos atuais, formando um
mosaico que denota a natureza moral daquele.
Como
estamos reencarnados tendo em vista o progresso espiritual que nos cabe
efetivar, urge que eduquemos os pensamentos em prol da autorrealização, ou
seja, do atendimento do programa reencarnatório elaborado, sob a assistência
dos Benfeitores da Vida Maior, que diz respeito a um gênero de provas[2] necessárias ao
desenvolvimento dos sentimentos nobres e da lucidez.
Autorrealizar-se
consiste em expandirmos as potencialidades do Eu por meio do trabalho, cuja
concepção mais profunda consiste como “Toda ocupação útil”[3], ou seja, toda a ação que
alavanca o progresso daquele que obra e do seu entorno.
Para
que possamos atender as tarefas que nos cabem nessa vida, de forma reta,
progredindo e colaborando com o progresso da coletividade, os nossos
pensamentos devem ser igualmente retos, disciplinados e postos a serviço desse
auspicioso projeto.
Para
tanto, devemos começar a analisar a qualidade da vida mental que cultivamos.
Cabe aqui uma pergunta: podemos aquilatar o teor moral dos pensamentos a que
damos vazão diariamente?
Tarefa
pessoal, cada qual deve fazer essa análise investigando-se a si mesmo. A maior
parte desses pensamentos tem sido nobres, libertadores, positivos e
propositivos? Ou são inferiores, que nos agrilhoam às imperfeições, negativos e
vinculados à insatisfação nada realizadora?
É
importante pensar sobre a natureza dos pensamentos produzidos diariamente
porque eles determinam quem estamos sendo.
Para
dar conta dos deveres e programas renovadores trazidos para esta reencarnação,
cabe a avaliação acima proposta porque o êxito da alma depende da força mental
empreendida em prol disso tudo.
Jesus
afirmou outrora que obteríamos o que pedíssemos, o que nos permite inferir que
nos realizaremos conforme os anseios alimentados na intimidade do ser.
Nem
sempre o que almejamos está em sintonia com aquilo que é importante, e boa
parte dos propósitos superiores da alma se perdem no lodaçal do atendimento às
paixões inferiores.
Por
outro lado, as atitudes enobrecidas que alteiam o nosso patamar evolutivo
nascem no âmago de cada ser e aí são nutridas pelos pensamentos positivos,
calcados no desejo lúcido de servir à coletividade e melhorar-se.
Teus
pensamentos emitem vibrações, angariam companhias espirituais e matizam os
fluidos que te são habituais. Observa-os e coloca-os a serviço da vida,
extuante, dinâmica e plenificadora.
As
melhores realizações, em sintonia com o gênero de provas que precisas superar
para venceres a ti mesmo, nascem do planejamento e do cultivo mental que
acalenta os nobres propósitos, fortalecendo a tua disposição para o bem.
Pensa
bem, com retidão, e a vida te responderá com o bem, favorecendo a tua
consciente evolução.