Crianças do Butão, país em que se mede o índice de Felicidade Interna Bruta
Vinícius Lousada
Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição
positiva, não sofrendo, não se lamentando, não desistindo. - Joanna de Ângelis[1]
Na
Terra nos encontramos envoltos em processos depurativos, em conformidade com a
nossa condição espiritual, que segundo Kardec, ainda é de Espíritos imperfeitos[2].
Espíritos
imperfeitos - somos aqueles que nos deixamos dominar pelas más inclinações,
fomentadas por nossas escolhas movidas pelos vícios e pelo egoísmo.
Logo,
enfrentamos duras provas que nos guindam ao progresso e recolhemos lutas
expiatórias no caminho pessoal, outrora plantadas mediante nossos equívocos,
que nos desafiam na presente reencarnação.
Ninguém
se iluda, no plano terrestre todos nós sofremos. Contudo, saber passar as
experiências provacionais e expiatórias com resignação ativa é a porta da
felicidade que nasce da renovação do Espírito.
No
curso de tua existência, não podes deixar de te perguntar se queres mesmo ser
feliz.
Medita
demoradamente nisso.
Procura
perceber quais são tuas ideias sobre felicidade.
Há
quem creia que ser feliz seja tudo ter e gozar. Para outros, felicidade é
suposta ascensão espiritual conquistada na fuga do mundo.
Entretanto,
os Guias Maiores apontaram para Kardec que felicidade é a posse do necessário[3], no campo material, e
consciência tranquila, no campo moral, como decorrência do atendimento de
nossos deveres.
Queres
ser feliz? Não sintas pena de ti mesmo, nem tampouco reclames da vida sem
parar. Certamente as vivências exigentes do momento podem ser vistas de outro
prisma, num olhar mais espiritual.
Aposta
na tua felicidade transformando a crise de agora, nascida no hoje descuidado ou
em um ontem – mergulhado no olvido das Leis Morais da Vida – em oportunidade de
crescimento.
Modifica
o que podes, fazendo uso de tua inteligência aliada à sensibilidade e,
observando a recomendação da benfeitora espiritual na epígrafe, não desistas de
ser feliz hoje mesmo.